Crivella diz que vai cobrar dívida de R$ 500 milhões dos planos de saúde
O prefeito Marcelo Crivella disse que a dívida dos planos de saúde com a prefeitura chega a R$ 500 milhões.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo, o débito é referente a não pagamento de Imposto Sobre Serviço (ISS).
Marcelo Crivella declarou que vai recorrer ao Ministério Público.
– Chegou a hora de chamar o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Município (TCM) para fazer o acerto de contas. Se eles não podem pagar tudo, que nos ajude com consultas, especialistas, exames de cirurgia de baixa complexidade – disse o prefeito, na manhã desta segunda-feira, ao chegar no Hemorio, no centro para doar sangue.
A saúde deverá receber mais investimentos e ter ampliada a sua rede na gestão de Marcelo Crivella.
O setor é objeto de uma parte importante dos decretos publicados ontem pelo novo prefeito no Diário Oficial. Um deles cria um comitê para efetivar a municipalização de 16 UPAs estaduais até o fim de 2018.
Outro projeto a ser criado, em até 60 dias, visa a aumentar em 20% o número dos leitos nas unidades de saúde.
Além disso, o governo pretende reforçar o atendimento por especialistas : um dos decretos determina a avaliação da contratação de ginecologistas e pediatras para trabalhar nas clínicas da família.
Marcelo Crivella ordenou ainda a realização de uma auditoria sobre o critério de seleção das organizações sociais que atuam na saúde. Também determinou o desenvolvimento de um plano para implantar policlínicas. Outro decreto institui um estado de alerta contra a dengue, a zika e a chicungunha na cidade do Rio.
Durante a tarde, o prefeito visitou setores da prefeitura e cumprimentou servidores que trabalhamavam nos gabinetes.
Uma das prioridades de Marcelo Crivella, segundo seu discurso de posse na Câmara, é reduzir as filas de pacientes à espera de atendimento por especialistas, de exames e cirurgias. Está prevista a elaboração, em até 30 dias, de um plano para reduzir essas filas.
Na Câmara, o prefeito disse que há cerca de cem mil pessoas na capital à espera de consultas com especialistas, de exames e cirurgias de baixa complexidade :
— Vamos estabelecer novas estratégias para reduzir essa fila. O maior patrimônio do Rio é o seu povo, e o maior patrimônio do povo é a saúde e a educação.
O prefeito disse ainda que não vai construir novas unidades de atenção básica antes de fazer com as que já existem funcionem de maneira eficiente.
Fonte : O Globo