Nova taxa de turismo no Rio de Janeiro gera polêmica

Nova taxa de turismo no Rio de Janeiro gera polêmica

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A criação de uma taxa de turismo municipal obrigatória no Rio de Janeiro ainda não saiu do papel — a Riotur está finalizando o projeto de lei com a proposta de cobrar possivelmente R$ 9 por diária na rede hoteleira — mas já provoca polêmica.

Depois de o presidente do órgão, Marcelo Alves, afirmar que o montante arrecadado será integralmente usado pela Riotur em publicidade e serviços para aumentar o número de visitantes da cidade, entidades ligadas ao turismo questionam a destinação da verba.

Elas alegam que a taxa que já existe hoje, mas que não é obrigatória, é administrada pelo Rio Convention & Visitors Bureau, e reclamam que agora o município quer tomar para si essa arrecadação.

Recém-eleita presidente do Rio Convention & Visitors Bureau, Sonia Chami diz que precisa analisar a íntegra do projeto de lei que cria a taxa de turismo municipal, mas adianta que depende da arrecadação da room tax, como é chamada a cobrança que existe atualmente, e que varia entre R$ 3,50 e R$ 9, para exercer o papel de promotora do turismo na cidade :
— No Rio de Janeiro, assim como nas principais cidades turísticas do mundo, são os conventions bureaux que coordenam as principais estratégias de promoção do destino turístico e a captação de eventos. Não podemos permitir que essa verba passe para a gestão do poder público e se misture nas questões de arrecadação do município. É fundamental viabilizarmos a continuidade das ações do Rio Convention, independentemente de quem está à frente da gestão municipal.

O presidente a Associação de Hotéis do Estado do Rio (ABIHRJ), Alfredo Lopes, que também é o presidente em exercício do Rio Convention & Visitors Bureau, afirmou, em nota, que, desde o início da gestão de Marcelo Crivella, vem dialogando com o prefeito e sua equipe sobre a importância de reforçar o calendário de eventos e as campanhas promocionais para viabilizar que o setor de turismo e hotelaria protagonize a retomada econômica da cidade. Ele diz ser favorável à criação da taxa municipal de turismo, “desde que respeitadas uma série de requisitos para garantir e otimizar as políticas de turismo”.

Na nota, Alfredo Lopes reforçou que a criação da taxa municipal de turismo “não pode colocar em risco a viabilidade do Rio Convention & Visitors Bureau em consequência da extinção do room tax”.

O presidente da Riotur negou que a empresa tenha se utilizado da proposta. Segundo ele, a criação da taxa de turismo foi discutida entre a Riotur e o Conselho de Turismo, criado pela nova administração.

Fonte : O Globo

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