Ministro da Defesa diz que militares vão contribuir para diminuir déficit da Previdência

Ministro da Defesa diz que militares vão contribuir para diminuir déficit da Previdência 

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que as Forças Armadas estão dispostas a contribuir para diminuição do déficit previdenciário e já negociam os termos de um projeto de lei para alterar regras do regime de proteção social da categoria.

Os militares ficaram de fora da reforma proposta nesta semana pelo governo e devem ser tratados em uma proposta separada.

A estimativa do ministro é que ela seja enviada à Casa Civil até o início de fevereiro.

Segundo o ministro, nada foi descartado nas negociações e tudo está na mesa, inclusive a possibilidade de aumento do tempo de serviço e da contribuição dada pelos servidores à pensão, hoje de 11%.

— Tudo está posto, não estamos excluindo nenhuma opção — disse.

Raul Jungmann disse que uma possível vedação ao acúmulo de salários e pensões por dependentes de militares será tratada no projeto de lei que será enviado ao Legislativo.

O governo mudou na última hora a proposta de emenda constitucional (PEC) que foi encaminhada ao Congresso Nacional para excluir do texto a proibição desses acúmulos para militares, o que gerou críticas de que estaria, na verdade, desvirtuando o projeto.

O ministro convocou a imprensa para defender a categoria. Ele explicou que os números divulgados pelo próprio governo referente ao peso dos militares no déficit previdenciário – um rombo de quase R$ 33 bilhões ou 45% do total – estão errados e são fruto de um “óbvio equívoco contábil”.

Segundo ele, dos R$ 33 bilhões gastos com inativos, pensionistas, reformados e reservistas, apenas R$ 13,8 bilhões pesam de fato para a Previdência, referentes às pensões pagas a dependentes.

Raul Jungmann explicou que o restante da conta, todo o pagamento de inativos, é bancada pelo Orçamento do próprio ministério.

Isso porque os militares estão fora do regime previdenciário. O que existe, na prática é um regime de proteção social, moldada de acordo com “as peculiaridades da carreira militar” e bancada pela própria pasta.

O ministro disse ainda que esse mesmo tipo de sistema é aplicado em boa parte dos países do mundo para as Forças Armadas. Questionado, ele afirmou que o ministério está disposto a mexer, inclusive, nessa rubrica para colaborar com o ajuste fiscal.

— Nós não estamos dentro do regime geral da previdência. Temos um sistema diferente. O que se quer é que se reconheça que há singularidades na carreira e não privilégios. Não queremos privilégios — disse.

Segundo o ministro, o equívoco contábil será corrigido nos próximos Orçamentos, obedecendo um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU). Dessa forma, os gastos com inativos militares deixarão de ser contabilizados dentro da rubrica da Previdência Social.

Fonte : O Globo

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